Documentários

1º Documentário

Beau Lotto - Ilusões óticas mostram como enxergamos

Neste primeiro documentário visualizado, observámos um Ted Talk dirigido por Leau Lotto, por forma a compreendermos melhor a temática da perceção e como é que esta se torna única para os diferentes seres humanos consoante inúmeros fatores internos e externos. Obviamente que o documentário surge com um propósito, uma vez que havíamos acabado de estudar a perceção, assim como os vários princípios de perceção que alteram a nossa perceção da realidade.

Ao longo do Ted Talk foi-nos demonstrado um vasto jogo de cores e sombras por forma a entendermos melhor o conceito da perceção. A meu ver, a tarefa foi muito bem escolhida, já que causou uma pequena competição saudável por forma a ver quantas e quais pessoas consigam analisar quantas e quais formas ou cores. Obviamente que para mim a tarefa foi um pouquinho mais difícil, porém nada que tenha sido impossível até porque muitas vez Lotto acabava por explicar qual a ilusão de ótica que havia ocorrido. Apenas no último exercício de todos, em que se utilizavam somente sombras e cores é que se tornou um pouco mais difícil, devido ao daltonismo, mas posteriormente acabei por entender através das explicações dos meus colegas. Mesmo assim, acho que este fator do daltonismo também demonstra um pouco a questão da influência dos fatores internos e externos na perceção, uma vez que condicionou de certo modo, a minha perceção do vídeo e das ideias de Lotto.

A meu ver este Ted Talk foi extremamente produtivo e importante e acho mesmo que foi uma ótima escolha pela parte da professora de Psicologia B. Acho que este Ted Talk tornou toda a compreensão da matéria da perceção muita mais simplificada, tendo também ajudado imenso a perceber a questão da realidade ser algo subjetivo aos olhos de cada um, já que dependem de vastos fatores internos, como é o caso dos estados emocionais, das experiências passadas ou até mesmo dos contextos sociais e religiosos, entre outros, e externos, como é o caso da intensidade dos estímulos, do movimento, incongruência, entre outros. Para além disto, esta ainda afetada pela seletividade dos estímulos recebidos, não tornando a perceção uma reflexão exata e objetiva do mundo, mas sim como o construímos ou imaginámos.

De seguida estará apresentada à esquerda o Ted Talk analisado e à direita um outro Ted Talk relacionado com a perceção:


2º Documentário

Resumindo: A Mente - "Como concentrar"

O nosso segundo documentário visto em aula foi "Resumindo: A Mente", onde analisámos o primeiro episódio da segunda temporada desta série que se encontra na Netflix, denominado "Como concentrar". Tal e qual como o nome do episódio indica, o tem principal abordado foi a dificuldade de concentração, não só das crianças, mas também dos adultos, na nossa sociedade. Para tentar se responder a esta questão do porquê de existir uma dificuldade extrema de concentração nos dias de hoje, colocou-se a hipótese das tecnologias e inovações recentes serem a grande causadora. Foi-nos demonstrados inúmeras tecnologias, como a televisão ou o telemóvel, colocando em causa a possibilidade de à medida que a tecnologia avança, a nossa atenção e concentração diminui, demonstrando como exemplo a época do surgimento da televisão que dizia que afetava a nossa cognição. Demonstrou-se ainda que foi neste mesma época em que surgiu a assustadora invenção "O isolador", criado por Hugo Gernsback, que era um capacete de madeira com apenas uma lente de vidro, onde se era possível ler ou focar-se na tarefa em questão, ligado a uma garrafa de oxigénio para que se pudesse respirar em condições, isolando a maior parte do ruído exterior. No entanto, esta possibilidade foi descartada demonstrando que a atenção é impossível de ser conseguida como nós a imaginámos, dar total atenção a várias coisas ao mesmo tempo. Afirma-se mesmo que a nossa mente é como uma máquina, sendo, deste modo, a atenção como um programa que necessita que esteja aberta em "primeiro plano" sem qualquer interferência para que funcione na sua condição exímia. Sendo assim, o que se pretende explicar é que a concentração é incapaz de ser totalmente atingida caso tentemos concentrar-nos em duas ou mais coisas distintas ao mesmo tempo.

Para além disto, foram demonstrados alguns psicólogos que explicaram de forma exímia como é que a concentração pode ser atingida, através de alguns truques e técnicas. Foram demonstrados exemplos reais de pessoas que tentaram combater a suposta "falta de concentração" com o uso de remédios e químicos, o que, futuramente, deixou de ser uma "cura" e tornou-se num pesadelo, já que ao invés de ajudar a pessoa, começava a deteriorar as capacidades mentais do mesmo. Posteriormente, mostrou-se um artista que esculpia obras em objetos extremamente pequenos, demonstrando todo o seu processo de extrema concentração que necessitava já que um pequeno suspiro destruía toda a sua obra.

É de realçar os jogos que foram feitos ao longo de todo o episódio que criaram uma dinâmica extremamente engraçada durante toda a visualização do episódio. A meu ver, o episódio foi extremamente bem escolhido, já que não só puxava pela nossa atenção e concentração, como também explicava melhor o processo da atenção da mente e como é que esta funciona, abrindo portas a toda a nova temática associada à memória. Todo este documentário demonstrou de forma excelente como é que a atenção e a concentração podem afetar a perceção deum indivíduo, uma vez que através do foco numa só tarefa, como os psicólogos sugerem ao longo do episódio, faz com que se "perda" inúmeros estímulos provindos do exterior, havendo assim uma seletividade dos estímulos recebidos e interpretados. Esta atenção e concentração guia-se muito também pelos nossos interesses, escolhendo os estímulos que mais nos suscitam interesse, não conseguindo captar todos os estímulos do meio que nos rodeia. Na minha opinião, acho que toda a série é uma ótima atividade para a aprendizagem de muitos dos processos mentais, assim como o seu funcionamento.

De seguida estará disponível o link para aceder a toda a série, através da Netflix: 


3º Documentário

Elizabeth Loftus - Quão confiável é a memória

Neste terceiro documentário visualizado, observámos um Ted Talk dirigido por Elizabeth Loftus, por forma a compreendermos melhor a temática da memória. Contrariamente ao que se possa pensar, Elizabeth demonstrou-nos como é que a memória pode ser um processo mental que não completamente confiável. Obviamente que o documentário, apresentado em aula, surge com um propósito, uma vez que havíamos acabado de falar da memória e como é que esta não é uma representação nítida da realidade ou como é que esta pode apresentar lacunas e falhas nos seus pilares mais essenciais.

Ao longo do Ted Talk, Elizabeth Loftus, cientista na área da psicologia que estuda a memória apresentou-nos um caso judicial acerca de um homem, Steve Titus, que havia sido identificado através de uma testemunha ocular como um violador que acabará de cometer um crime, no entanto Titus estava totalmente inocente. Com isto, não quer dizer que a testemunha ocular tivesse a mentir, mas foi assim que a sua memória, através de uma reconstrução, memorizou o tal acontecimento. Posteriormente, falou-se da capacidade da memória de relembrar acontecimentos, informações e ações, ou seja, a capacidade de recuperar informação no nosso cérebro. Por fim, relatou-se acerca da capacidade que certas pessoas têm em criar memórias falsas nas pessoas, como é o caso de acrescentar uma memória de um indivíduo a assistir a um ritual , mesmo que esta nunca tenha acontecido.

A meu ver, este documentário foi extremamente interessante, uma vez que expôs imensos factos que até então desconhecia, como foi a capacidade de se implementar memórias falsas através do fornecimento de informação errada ou irreal a uma dada pessoa. Aprendemos e realçamos imensos tópicos que anteriormente havíamos estudado, como foi o caso do processamento da memória como processo mental e a existência de lacunas na memória que podem levar às pessoas em erro, como foi o caso do testemunho de Steve Titus como o criminosos que se encontrava em fuga. Obviamente que toda a implantação das memórias falsas através de informação irreal, algo que ainda não tínhamos abordado em sala de aula e que foi extremamente emocionante e bem explicado por Elizabeth Loftus, levantam imensas questões éticas e morais. Neste contexto, penso que as memórias falsas seriam de certa forma moralmente incorretas, uma vez que mesmo que apenas alteremos o seu passado, estamos sempre a condicionar o seu futuro, como é o caso da implantação de uma memória falsa numa pessoa de que já tinha estado presente num ritual. Isto irá levar com que, por exemplo, a pessoa comece a acreditar em entidades espirituais, mesmo que antes da implementação da memória falsa não o fizesse.

De seguida estará disponível o Ted Talk que analisamos em aula, assim como a tarefa posteriormente realizada acerca do mesmo:


4º Documentário

Resumindo: A Mente - "Memória"

O nosso quarto documentário visto em aula foi "Resumindo: A Mente", onde analisámos o primeiro episódio da primeira temporada desta série que se encontra na Netflix, denominado "Memória". Tal e qual como o nome do episódio indica, o tem principal abordado foi a memória, ou seja, a capacidade de reter conhecimentos, informações, ideias, acontecimentos e encontros, evidenciando fenómenos como o processamento da memória ou as áreas do cérebro em que este processo mental se encontra disposto. Para compreender melhor todo este processo demonstrou-se exemplos como a lembrança de eventos como o 11 de setembro, onde houve o abate de dois aviões nas Torres Gêmeas. Com isto, pudemos observar que a memória de certas pessoas se encontra de certa forma "corrompida", uma vez que apesentava lacunas, ou seja, falhas e faltas de pilares na informação que haviam registado e armazenado. É de realçar que com isto, observamos sempre uma grande coerência no local, na narrativa ou história do acontecimento e das emoções vividas, mesmo que muitos dos outros aspectos se encontrem com falhas, tendo sempre as memórias da infância e da adolescência uma grande marca ao longo de toda a vida do indivíduo. Posteriormente, analisou-se casos de pessoas com uma memória genial que são capazes de decorar cerca de 500 dígitos em menos de 10 minutos tudo devido à capacidade de codificarem a informação recebida numa forma de narrativa, onde associa os dígitos ou letras captadas a factos conhecidos, como o úmero de estradas, datas importantes, entre outras coisas. Desta forma, foi-nos possível compreender melhor a forma como a memória se processa e como é que os fenómenos de codificação, armazenamento e recuperação se podem distinguir de pessoa para pessoa. Por fim, observámos um estudo realizado, Estudo HM, com o paciente Henry Gustav Molaison, onde se observou dificuldades relacionadas com a epilepsia. Através de uma cirurgia de alto risco, decidiu-se retirar o Hipocampo do cérebro do paciente, por forma a travar estes episódios assombradores de epilepsia. Com isto, após imensos estudos com o paciente ao longo do tempo, percebeu-se que este tratamento havia retirado em grande parte a dificuldade causada pelas epilepsias, no entanto havia causado grande estrago à capacidade de memória do indivíduo, levando a que Molaison perde-se totalmente a sua capacidade de recuperar memórias a curto prazo, assim como memória episódicas. Obviamente que todo este facto, não só afetou todo o presente do indivíduo, assim como o passado e o futuro, uma vez que a partir de então, Henry era incapaz de se relembrar de memórias importantes do seu passado, assim como de planear grande parte do seu futuro.

Desta forma, queria apenas realçar, como podemos observar anteriormente, que a memória não se encontra apenas realçada com o facto de destacar o presente e o passado, como também tem grande importância para como planeamos e agendamos todo o nosso futuro. Por fim, terminámos o documentário com a referência a uma estudante universitária que já havíamos abordado em aula, que, devido às tais lacunas na memória, acusou injustamente um homem de violação. Esta história termina com um final feliz, uma vez que o homem inocente acabou por sair da prisão, tendo acabado por perdoar a adolescente que o havia acusado. Com isto, realço ainda a impossibilidade de confiar em muitas das testemunhas oculares, como iremos ver mais à frente (5º documentário), uma vez que muitas das vezes as informações que são fornecidas pelas vítimas dos crimes não se encontram totalmente espelhadas com a realidade, devido à maré de sensações e emoções que sintam no momento, acabando por fornecer falsas provas judiciais contra inocentes.

Penso que todo este documentário nos tenha proporcionado uma grande aprendizagem de forma divertida e dinâmica, tendo sido o documentário uma ótima escolha tendo em conta a matéria que havíamos lecionado recentemente, a memória e todos os seus processos. Com este documentário tivemos a capacidade de compreender melhor todo o processo de codificação, armazenamento e recuperação, assim como as falhas e lacunas que estas podem apresentar devido á passagem do tempo. Para além do mais, demonstrou-nos como os processo de codificação podem alterar de pessoa para pessoa, levando a uma maior capacidade de decorar e memorizar acontecimentos, conhecimentos e informações. Posteriormente, também nos terá fornecido um ensinamento mais nítido de como todo o processo e fenómeno da memória que é essencial à vivência do ser humano, se apresenta distribuída pelas várias partes do cérebro, uma vez que todas estas trabalham, de formas distintas, para manter as várias informações armazenadas na nossa mente. Por fim, apenas queria evidenciar que durante o estudo de como a memória se forma com base na cooperação das várias áreas cerebrais, foi-nos possível observar a extrema importância de uma área cerebral, o Hipocampo, que mantém possível recordarmo-nos de acontecimentos episódicos e a curto prazo, levando a que sem ele percamos muita da informação que provêm do momento (Memória a curto prazo) ou de episódios num determinado lugar e tempo (Memória episódica). Obviamente que com esta perca de memória importante, o paciente em causa foi incapaz de certa forma de continuar a relembrar o seu presente e passado com clareza, assim como foi incapaz de prever todo o seu futuro. Desta forma, este estudo permitiu-nos observar como a memória se destaca como um processo que se baseia na cooperação de todas as áreas do cérebro, não sendo, como muitos de nós pensamos, um processo focado no passado, ou seja, nas nossas vivências anteriores, como no presente e no futuro, conjugando tudo aquilo que um individuo foi, que é no presente e que será no futuro, estabilizando e evidenciando toda a nossa memória e identidade individual.

De seguida estará disponível o link para aceder a toda a série, através da Netflix, assim como a atividade realizada posteriormente acerca do mesmo:


5º Documentário

Scott Fraser - Porque é que as testemunhas oculares se enganam?

Neste nosso quinto documentário visualizado, observámos um Ted Talk dirigido por Scott Fraser, por forma a terminarmos e concluirmos toda a temática da memória, acabando por relacioná-la com a perceção. Este documentário surgiu numa aula em que, devido a um torneio interturmas realizado pela própria escola, havia um número reduzido de alunos presentes em aula para prosseguirmos com a matéria. Este fator de certa forma foi favorável, uma vez que levou a que os alunos presentes que tivessem algumas dificuldades relacionada com a memória e de que forma é que esta se processa tivessem uma oportunidade de compreende-la por completo.

Neste documentário, o perito no estudo da memória humana, mais propriamente da memória quando relacionada com crimes, abordou imensos temas extremamente interessantes, referindo-se principalmente ao porquê de testemunhas oculares não serem sempre uma fonte fiável de julgamento. Neste contexto, Scott Fraser abordou um assassinato de um pai mesmo em frente aos seus filhos que acabou por levar ao julgamento injusto de um indivíduo, Francisco Carrilo. Carrilo foi sentenciado com prisão perpétua, tendo sido as testemunhas oculares (seis adolescentes que eram filhos do pai assassinado e que assistiram ao tiroteio) uma das fontes de julgamento mais importante desta sentença. No entanto, Scott Fraser sem se conformar com este julgamento baseado em testemunhas oculares, acabou por dirigir todo processo de defesa que provasse a inocência de Francisco Carrilo. No final, com base em vários cálculos e estudos matemáticos, acabando por relacioná-los com a temática da perceção e da memória, tais como a fonte luminosa e a sua disponibilidade durante o tiroteio ou então o preenchimento de lacunas na memória dos adolescentes, Fraser concluiu que Carrilo não havia sido o assassino daquela noite tendo provado a inocência deste indivíduo.

A meu ver todo este documentário foi extremamente importante e produtivo, tendo sido uma ótima escolha pela parte da professora. Penso que este documentário, para além de nos ter fornecido uma ideia de como é que a área forense se pode unir com a psicologia por forma a obter conclusões evidentes e sustentáveis, acabando por melhorar todo o sistema judicial, nos forneceu uma ideia de como é que a memória pode ser uma ferramenta tão útil ao ser humano, no entanto, ao mesmo tempo, tão enganadora e infiel. Neste documentário pudemos observar melhor o conceito de preenchimento da memória quando se apresentam lacunas com informação que nem sempre é verdadeira, que analisámos nos dois últimos documentários. Neste caso, a informação do assassino foi preenchido pelas testemunhas oculares com informação que não era verdadeira, mas que levou, no final das contas, ao julgamento incorreto de Carrilo. Com isto não pretendo dizer que a insistência numa memória falsa foi feita de forma intencional pelos adolescentes, mas sim que a memória nem sempre é uma fonte fiável de informação, uma vez que podem surgir certas informações que para nós são nítidas, mas que no final das contas se apresentam "corrompidas" pelo tempo ou pelo excesso de sensações e sentimentos do momento. Para além disto, queria evidenciar como é que a perceção foi um fator extremamente importante em toda esta pesquisa, já que através do conhecimento do quão nítido se poderia visualizar o assassino dentro do carro foi um fator essencial para o julgamento de defesa.

De seguida estará disponível o Ted Talk que analisamos em aula:


6º Documentário

Resumindo: A Mente - "Ansiedade"

O nosso sexto documentário visto em aula foi "Resumindo: A Mente", onde analisámos o terceiro episódio da primeira temporada desta série que se encontra na Netflix, denominado "Ansiedade". Tal e qual como o nome do episódio indica, o tem principal abordado foi a ansiedade, que é designada como a doença mais comum do mundo, aprofundando e descrevendo as perturbações da ansiedade, assim como as reações que esta perturbação pode causar, como é o caso muito comum da falta de ar. Para que pudéssemos entender melhor o que é a ansiedade e como é que esta se manifesta, apresentou-se a história de um indivíduo que sofria com uma perturbação obsessiva-compulsiva. Neste episódio podemos observar que a ansiedade se divide em vários tipos, mais especificamente, quatro formas distintas, sendo uma delas, e que é muito abordada, os ataques de pânico. Para além do mais, dá-nos a visão de que muitas vezes a ansiedade se encontra relacionada com todo um balanço químico ao nível do cérebro.

Ao longo do episódio será reforçada e aprofundada cada forma distinta de ansiedade, dependendo dos medos e receios causados, sendo esta mais propriamente:

  1. Catastrófica - Destaca o medo de que algo irá inevitavelmente correr mal.
  2. de Avaliação ou Ansiedade Social - Destaca-se como a mais comum na sociedade e envolve o medo persistente e debilitante de ser julgado por outros sujeitos.
  3. de Perder o Controlo - Encontra-se associada aos ataques de pânico.
  4. de Incerteza - Resulta geralmente em perturbações obsessivo-compulsivas, também denominadas POC.

A ansiedade é ainda demonstrada em parte como genética, sendo as mulheres duas vezes mais afetadas do que os homens, porém é também causada por experiências da vida. Geralmente, experiências angustiantes ou perturbadoras da vida podem levar a que se implante uma fobia num indivíduo, destacando-se o experimento "Little Albert", onde se explora como os fatores externos podem contribuir para a aparição de ansiedade. O experimento "Little Albert" demonstra ainda como aqueles que sofrem com estas perturbações têm uma maior tendência a generalizar excessivamente e a ter enormes crises, mesmo que seja um acontecimento, de certa forma, banal. A partir de então, destaca-se também o aumento drástico que se tem vindo a registar da tomada de comprimidos ou até mesmo da procura de psicólogos. Para além do mais, demonstra-se também como as nossas invenções têm vindo a piorar a nossa cedência à ansiedade, pelo facto de nos tornar mais ociosos e ansiosos, por exemplo, pelas redes sociais ou pelas caixas de correio eletrônico.

Por fim, o episódio termina então demonstrando como se pode "solucionar" a ansiedade através do reconhecimento do que quer que nos esteja a tornar ansiosos não será o fim do mundo, levando-nos ao limite máximo da nossa capacidade. Desta forma, destaca-se o efeito de nos levarmo-nos a um ponto em que o nível de ansiedade já não pode aumentar mais, porém ainda somos capazes de continuar, aprendendo então que somos realmente capazes de ultrapassar aquela crise.

Penso que todo este documentário nos tenha proporcionado uma grande aprendizagem de forma divertida e dinâmica, tendo sido o documentário uma ótima escolha tendo em conta os níveis de ansiedade que se vivem nos jovens dos dias de hoje. Com este documentário tivemos então a possibilidade de compreender melhor como funciona a ansiedade e como é dividida esta mesma consoante os medos e as perturbações que nos caus. Para além do mais demonstrou-nos não ser uma fonte totalmente genética, mas também causada pelas experiências da vida, ajudando a aprender a lidar com as crises que podemos vir a ter devido a esses medos e receios.

De seguida estará disponível o link para aceder a toda a série, através da Netflix: 


7º Documentário

David Pizarro - A estranha política do nojo

Neste nosso sétimo documentário visualizado, observámos um Ted Talk dirigido por David Pizarro, por forma a corroborarmos de forma distinta a temática das emoções. Este documentário surgiu após a professora lecionar grande parte da temática das emoções, pelo que se tornou mais simples a sua compreensão. David Pizarro, ao contrário do que se possa pensar e ao que tenha afirmado anteriormente, não se foca nas emoções transmitidas e sentidas pelos sujeitos, mas sim como e porque é que os humanos fazem julgamentos morais, aprofundando-se posteriormente no estudo dos efeitos das emoções como é o caso da raiva, do medo, e, principalmente, do nojo, ou seja, emoções básicas, primárias ou universais, analisando como é que estas influenciam nos critérios sociais e políticos do que é considerado nojento. Sendo assim, Pizarro irá se focar, principalmente, na relação entre as emoções básicas, essencialmente, o nojo, e as nossas ideias e ideologias socias e políticas.

Neste documentário, o professor associado do departamento de Psicologia na Universidade Cornell de Nova Iorque, demonstrará a relação entre as emoções básicas, essencialmente, o nojo, e as nossas ideias e ideologias socias e políticas, focando-se em imagens ou vídeos considerados nojentos. No entanto, como é que uma imagem nojenta conseguiria alterar ou influenciar as nossas ideologias políticas e sociais? Para isso, Pizarro recorre a inúmeros estudos e experiências recentes, para nos mostrar sinais entre a correlação de sensibilidade ao nojo, através de imagens e vídeos nojentos, com o nosso conservadorismo moral, social e político. Ou seja, dito por outras palavras, Pizarro estudou a relação existente entre a sensação de nojo e o estado de conservadorismo, observando que quem sente nojo ou asco mais facilmente, encontra-se mais inclinado para o espectro direito da política e, consequentemente, para um maior conservadorismo social. Por outro lado, observou então que quem não apresenta uma sensação de nojo fácil de ser despertada, inclinam-se mais para a esquerda do espectro político, apresentando-se mais liberais e progressistas.

A meu ver, este documentário foi bem escolhido pela professora, uma vez que nos deixou entender melhor a temática das emoções, principalmente, a questão de emoção básica e secundária, focando-se noutra temática não muito coincidente: Como é que o nojo afeta as nossas ideias sociais e políticas. Penso que o Ted Talk se encontra muito bem estruturada, uma vez que se apresenta imensamente interativo com alguns vídeos e imagens, não se baseando na composição regular e monótona de uma apresentação, ou seja, não apresenta grandes monólogos extensos e aborrecidos. Para além do mais, penso que as conclusões de Pizarro são extremamente curiosas, embora me deixem um pouco à quem da sua veracidade, mesmo com as várias experiências realizadas. Mesmo assim, demonstra como o estudo das emoções e a sua interpretação na sociedade em que vivemos pode conduzir à interpretação da forma como pensamos e idealizamos as nossas competências e características sociais e políticas.

De seguida estará disponível o Ted Talk que analisámos em aula: 


8º Documentário

Philip Zimbardo - A psicologia do mal

O nosso oitavo Ted Talk analisado em sala de aula foi apresentado pelo psicólogo Philip Zimbardo (líder do notório Experimento da Prisão de Stanford em 1971, sendo uma testemunha especialista em Abu Ghraib), onde foram destacados inúmeros tópicos como é o caso de: Psicologia do mal; a experiência e as conclusões obtidas por Stanley Milgram; a experiência da Prisão de Stanford, assim como o papel fundamental de Zimbardo neste procedimento; a guerra no Iraque e os processos desumanos utilizados na prisão de Abu Ghraib; psicologia do heroísmo.

Neste documentário, o psicólogo americano irá iniciar a sua longa viagem por uma explicação complexa com as conclusões do seu estudo acerca da psicólogo do mal, assim como quais os fatores (disposicional, situacional e o sistema em que estão inseridos) que implicam que pessoas comuns possam obter comportamento agressivos e cruéis perante os outros sobre uma ordem ou mandato, ou seja, as pessoas não nascem cruéis, mas sim tornam-se más. Após isto, são mostradas então imagens de momentos horrendos retratados em Abu Ghraib, que Zimbardo teve a possiblidade de estudar e acompanhar de "perto", demonstrando então de forma nítida os tais fatores que influenciam o mal nas pessoas, assim como o que é responsável para que este mal apareça de forma tão cruel e maléfica. Para além do mais, acaba também por explicar o "Efeito Lúcifer" onde retrata a forma como se manifesta na nossa sociedade com uma "celebração da mente humana", como Zimbardo retrata, tornando-nos gentis ou cruéis, compassivos ou indiferentes, criativos ou destrutivos ou ainda alguns de nós vilões ou heróis, sendo este conceito de vilão e herói conceitos chave para a compreensão das ideologias de Zimbardo. Após isto, dará então ênfase a toda a experiência de Stanley Milgram, que já foi abordada inúmeras vezes, destacando e demonstrando as experiências de Milgram, assim como as conclusões a que havia chegado, principalmente, a percentagem de indivíduos que alcançava a voltagem máxima na sua experiência, relacionando-a com a maldade existente nos homens perante uma ordem de uma entidade declarada como superior, pessoa essa para quem partem ou emigram as nossas culpas e descargos de consciência, levando a que pratiquemos o mal e o impensável. Sendo assim, acaba então por retratar, e coincidindo com os terrores de Abu Ghraib, a Experiência da Prisão de Stanford realizada com alguns alunos numa cave de uma universidade onde Zimbardo lecionou durante alguns anos, sendo Zimbardo o líder desta experiência. De seguida, estará então descrita toda a experiência da Prisão de Stanford: 

  • Em 1971, Philip Zimbardo coordenou uma experiência polêmico. Zimbardo queria entender o que induzia as pessoas a serem seduzidas por atitudes violentas, bem como as suas justificações psicológicas. Zimbardo achava que a linha que todos nós gostamos de traçar entre nós, pessoas boas, e os outros, pessoas cruéis, não era assim tão inflexível e sólida como insistimos em pensar. Algum tempo após esta experiência, este impulso que nos impede a atravessar esta linha tênue é denominada de "Efeito Lúcifer". Nesta experiência social, um grupo de jovens universitários apresentou-se como voluntário para interpretar durante duas semanas o papel de prisioneiros ou de guardas, com o objetivo de avaliar como um determinado papel pode influenciar sobre os nossos comportamentos. Ao finalizar de maneira precipitada a experiência, devido a colapsos emocionais pela parte de alguns prisioneiros (que outrora eram saudáveis), todos foram entrevistados, uma vez que se haviam tomado comportamentos extremamente sádicos e cruéis pela parte dos guardas (despir prisioneiros, amarrar-lhe os pés e dar-lhes banhos de água gelada, humilhar e insultar os prisioneiros, cobrir-lhes as cabeças com sacos, entre outros):
  1. Os guardas acabaram por se conformar e acreditar de que haviam passado a linha tênue de que falámos, nunca acreditando que tal coisa iria acontecer. Ou seja, os guardas não acreditavam no que se haviam tornado, assim como as ações totalmente desumanas que haviam cometido.
  2. Os prisioneiros afirmaram que se sentiam num estado de completa pressão e desabalo emocional, já não reconheciam a linha entre os castigos e a culpa e o extremo e o incômodo.
  3. Zimbardo concluiu então que "se a pessoa usa uma máscara o tempo suficiente, ela perde a identidade e se transforma na máscara". 

Por fim, e já após a experiência da Prisão de Stanford, Zimbardo acabou por explicar a sua psicologia de vida mais recente, o heroísmo. Acerca do heroísmo, Zimbardo acredita que a maioria dos heróis são pessoas comuns, sem marcadores ou predisposições especiais. Em vez disso, seus atos são extraordinários por um lado devido à sua raridade, porém por outro já que envolvem agir diante de riscos e sacrifícios, e muitas vezes sob incerteza. Zimbardo acredita que uma mesma situação pode causar uma imaginação hostil e pacífica nuns e uma imaginação heroica noutros. Sendo assim, e devido à "banalização" dos atos do heroísmo, Zimbardo irá então causar impacto na nossa sociedade na tentativa de educar os mais jovens e praticarem o heroísmo e não o mal, algo que pode ser feito através da educação de tais atos nos círculos escolares.

Desta forma, a meu ver, penso que todo este Ted Talk foi extremamente interessante e talvez um dos meu prediletos em termos gerais. Penso que o Ted Talk não se aborda ou debruça muito sobre um tema que já tenhamos analisado em sala de aula, embora realce os estudos e conclusões de Milgram, focando-se principalmente nos dois tipos de psicologia estudados e desenvolvidos por Philip Zimbardo: A Psicologia do Mal e o Heroísmo. Penso que este Ted Talk é extremamente complexo e tem de se ir bem preparado já com algumas bases ou conhecimentos prévios para que possamos compreender todos os assuntos interessantíssimos abordados ao longo do mesmo. No entanto, caso tenhamos estas competências em dia, torna-se um Ted Talk facilitado, algo que podemos compreender sem grandes esforços. Para além do mais, mesmo que utilize imagens de certa forma perturbadoras e sádicas, penso que a exibição do caso de Abu Ghraib foi algo positivo, pois deixou-nos perceber de forma mais nítida muitos dos fatores que tornam então as pessoas más, como Zimbardo retrata ao longo de mais de metade do Ted Talk. Para além do mais, pendo que a exposição das várias experiências de Milgram e Zimbardo também foram extremamente interessantes e importantes para compreendermos melhor toda a forma de funcionamento da nossa sociedade e até que ponto é que não atravessamos a tal linha tênue entre o bem e o mal. Por fim, apenas quero destacar também a importância deste autor na tentativa da implantação da ideologia do "heroísmo" nas crianças de hoje em dia, expondo casos como o de Wesley Autrey, uma pessoa normal e comum, trabalhador da construção civil, que ficou mundialmente conhecido pelo seu ato heroico de salvar alguém (que acabava de ter uma convulsão) de ser mortalmente destroçado por um metro em Nova Iorque, uma vez que pulou para trilhos e colocou-se, juntamente com a vítima de convulsão, numa espécie de drenagem (desnível existente) entre os dois caminhos do metro. Desta forma, recomendo por completo o Ted Talk de Philip Zimbardo, uma vez que nos fornece um conhecimento vastíssimo acerca de outras áreas de estudo da Psicologia, assim como o estudo do que é o mal e o bem, os vilões e os heróis.

De seguida estará disponível o Ted Talk que analisámos em aula: 

Crie o seu site grátis! Este site foi criado com a Webnode. Crie o seu gratuitamente agora! Comece agora